quarta-feira, 2 de maio de 2012





Rodrigo Núñez concorre na categoria DESTAQUE EM CERÂMICA com a exposição individual Objetos de desejo, realizada no Jabutipê, em 2011.

domingo, 4 de março de 2012

ATA DE REUNIÃO SOBRE O CONGRESSO E SALÃO DE CERÂMICA DA SEEC – MAA

ATA DE REUNIÃO SOBRE O CONGRESSO E SALÃO DE CERÂMICA DA
SEEC – MAA

Aos quinze dias do mês de fevereiro de 2012 reuniram-se no Memorial de Curitiba ( Fundação Cultural de Curitiba) Marília Diaz, Luis Felipe Schultz, Ana Carolina Lepienski, Risolete Bendlin, Izamara Carniatto, Priscila de Ferrante, Marcelo Ambrósio, Letícia de Sá Rocha, Soraia Savaris, Gilberto Narciso, Eliana, B.Herman, Zélia de Oliveira Passos, Ocleres Muzillo, Sergio Moura, Gláucia Flügel, Elizabeth G. S. Araújo, Luiz Pellanda, Carina Weidle, Tânia B. Bloomfield, Ronald Simon, Amanda Gallego, Carlos Alberto Vargas, Loire Nissen, Claudine Watanabe, Celso Setogutte, Eliza Maruyama, e Clayton da Costa. Marília Diaz iniciou os trabalhos informando que a reunião não foi promovida pela Secretaria de Cultura - SEEC, e sim por artistas e outros profissionais interessados na área da cerâmica que, ávidos de informações sobre o Salão e o Congresso de Cerâmica (inicialmente Simpósio), promovidos

há 31 anos pelo Museu Alfredo Andersen - MAA, buscam esclarecimentos. Marília Diaz solicitou 20 minutos para apresentar o histórico das reuniões anteriores. Esclareceu que na reunião realizada no dia vinte e seis de janeiro de 2012, na SEEC, estavam presentes, Christine Baptista, diretora da Coordenação do Sistema Estadual de Museus - COSEM , cinco artistas visuais convidados, oito funcionários da SEEC , o presidente da Associação dos Amigos de Alfredo Andersen, além do diretor do MAA, Ronald Simon. Christine relatou sobre o constrangimento dos dirigentes em relação às noticias, veiculadas via internet, sobre o cancelamento do Congresso e do Salão de Cerâmica, bem como sobre os quatro encontros realizados em Curitiba em 2011, coordenados por Paulo Herkenhoff, para discutir as políticas públicas para a cultura. Sobre as reuniões do ano de 2011 Christine relatou que o crítico de arte Paulo Herkenhoff abordou algumas questões sobre a cultura no Paraná e se declarou contrário aos “salões específicos”, justificando que na contemporaneidade não há mais sentido tratar as especificidades das linguagens artísticas. Christine Baptista lamentou o não comparecimento dos artistas nos encontros realizados em 2011. Posteriormente destacou a falta de recursos humanos e financeiros para a realização de eventos, salientou também a dimensão que tanto o Congresso quanto o Salão tomaram nos últimos anos, chegando a ser mais importantes que o próprio MAA. Destacou ainda que Alfredo Andersen foi pintor, e que portanto, o MAA não tem perfil para essa modalidade de arte, além da demanda de trabalho do MAA ser muito grande em relação ao quadro de pessoal. Christine Baptista reforçou também que o número de funcionários da SEEC está muito aquém da necessidade e que todos os eventos acontecem na capital do Estado, sendo muito importante a descentralização. Justificou o novo modelo de gestão pública e introduziu o conceito de OSCIP (organização da sociedade civil que, em parceria com o poder público, utilizará também recursos públicos, para as suas finalidades, dividindo o encargo administrativo e prestação de contas) e OS (financiamento para cumprir metas), como opção institucional para a realização de eventos, enfatizando o exemplo do MON, da Pinacoteca de São Paulo e outras instituições internacionais que fazem uso desta opção. A Lei Rouanet e as O.S. foram citadas como alternativas para a organização de eventos.

Ao término desta reunião e após a argumentação dos artistas presentes, sobre a importância do congresso como fórum aberto de discussão, espaço para a pesquisa e atividade que gera trabalho e desenvolvimento, Christine Baptista sugeriu um novo encontro com artistas, designers e pesquisadores Das instituições de ensino superior, agendada inicialmente para o dia 29 de fevereiro para a apresentação de uma proposta de forma e conteúdo para o Congresso e Salão de Cerâmica, reunião  cancelada posteriormente. Depois Marília Diaz relatou também a reunião ocorrida no dia seis de fevereiro nas dependências do Museu Oscar Niemayer - MON, com representantes de museus e Paulo Herkenhoff.

Frisou que a reunião foi apenas para convidados e que na oportunidade ela,Marília, apresentou a preocupação com as dificuldades para a continuidade do Congresso de Cerâmica. Marília Diaz fez uma defesa do Congresso de Cerâmica, justificando sua importância em função da apresentação de trabalhos, das trocas de experiências entre os vários setores interessados na cerâmica, sejam indústrias, artistas, designers e ou outros. Discutiu-se os novos formatos de gerenciamento pelas leis de incentivo a cultura e entendimentos sobre salões de arte. Paulo Herkenhoff salientou que salões de arte de uma só linguagem reduzem e que defender um bolsão de produção pode isolá-lo. Destacou que se o congresso se efetivar deve extrapolar a linguagem da cerâmica atraindo artistas que trabalhem com outras modalidades de arte.

Sugeriu alguns temas como :Questões Estéticas; Possibilidades Matéricas em Bachelard; Psicanálise, Linguística e Argila; Ancestralidade e Arquétipos; Fragilidade em Louise Bourgeois ; como era a Cerâmica antes de Portugal?, entre outros.

Após o relato das reuniões anteriores, na reunião do dia quinze de fevereiro discutiu-se a questão de como o grupo entende o Congresso e o Salão de Cerâmica em ternos de conteúdo e formato. Destacou-se a importância de se encontrar um tema Gestor para o Congresso. Também foi observado que neste ano haverá em Curitiba o 56º Congresso Brasileiro de Cerâmica, cujo foco é a indústria e a pesquisa acadêmica. Em seguida, Tânia Bloomfield abordou a questão da Lei Rouanet, seus prazos e particularidades, que segundo ela  são complicadores para um evento ainda este ano. Ela vê com ressalvas a participação da iniciativa privada no processo e observa que os elementos indicam novamente a privatização de serviços da esfera pública.

O diretor do MAA, Ronald Simon, colocou as dificuldades que o museu enfrenta para viabilizar o congresso, (apenas quatro funcionários, sendo que um se aposenta este ano e espaço físico precário). Disse que o congresso  produz efeitos na administração e no espaço físico do MAA, antes e depois do evento. Destacou que não se trata apenas da não identidade entre Andersen e a cerâmica, e sim das condições críticas que a entidade enfrenta. Ele questiona A importância real da história face à realidade atual. Zélia Passos afirmou que o Congresso/simpósio e o salão têm uma história de mais de 30 anos e uma importância para o aprimoramento da arte cerâmica que não podem ser jogados fora. Em todos estes anos, o governo do Estado foi gerido por sucessivos partidos políticos e todas honraram a realização destes eventos.

- Além do avanço artístico observado nos salões, as oficinas e conferências dos congressos/simpósios têm obtido tal nível que cada vez mais atraem caravanas de ceramistas de outros estados e de pessoas de outros países, aproximando a sua repercussão a outras promoções públicas de monta no cenário artístico nacional, como os cursos/ concertos/oficinas de música de janeiro. Os congressos/simpósios e salões de cerâmica têm uma peculariedade especial. Destaca, em pé de igualdade, a arte cerâmica popular, a arte do desing cerâmico e a cerâmica artística. O reconhecimento do artista popular em seu fazer cerâmico tem sido um ponto alto em nossos salões e congressos,com revelações surpreendentes e com a divulgação de ceramistas do sertão brasileiro que mantêm vivas técnicas milenares, demonstrando perícia criativa reconhecida por estrangeiros e ainda pouco valorizados por nós, seus irmãos. Eliana Heemann reforçou a importância do evento informando que o mesmo é conhecido e valorizado internacionalmente e que não deve deixar de ser realizado.

O Sr. Sérgio Moura argumentou que o congresso deve ser visto como uma oportunidade. Disse que o governo anterior foi um marasmo e que é difícil compreender a postura do partido que se encontra no poder. Acredita que, como produtor cultural não há mais espaço para um salão no século XXI, observa também que o congresso e o salão não podem sobrepor-se à instituição e considera necessário discutir melhor o formato proposto pelo PSDB . Loire Nissen questionou sobre quais seriam os parceiros privados que apoiariam o evento e qual o corpo técnico do mesmo, o modelo seria público ou privado? Conseguir patrocinadores é função de quem? Ana Carolina Lepienski perguntou se é possível oferecer o congresso para uma empresa gestora realizar e cobrar pela participação? Elizabeth Araújo afirmou que o Estado deve assumir a sua responsabilidade com a execução e o financiamento de políticas públicas de cultura, uma vez que é direito de todos ter acesso a elas. E que devemos lutar pela manutenção do evento com financiamento público porque ceder é entregar o patrimônio público para uso privado. Como encaminhamento da reunião sugeriu a confecção de uma carta em favor da realização e da manutenção do evento a ser entregue para a Secretaria de Estado da Cultura com cópia ao governador do Estado e aos ceramistas do Paraná e do Brasil. Marília Diaz lembrou que o salão já teve umalei, norma que garantia a sua realização.Izamara Carniatto questionou sobre o estado, que cada vez faz menos e sugeriu documentar a posição do grupo, afirmando que não se deve abrir mão de nenhum dos eventos - salão e congresso. Acha que é possível fazer outra coisa, mas desconhece sobre questões de financiamento. Sugeriu que uma comissão fosse retirada do grupo para trabalhar num documento. Marília Diaz lembrou que em nenhum momento percebeu que os gestores da SEEC estivessem se retirando da discussão e de suas responsabilidades e reforçou sobre a importância da eleição de uma comissão. Tânia Bloomfield apresentou a idéia de se criar um grupo de discussão via web (Yahoo Groups) e lembrou que no dia 28 de fevereiro, às 9:00hs, haverá uma reunião sobre políticas relacionadas à cultura no MON. Marilia Diaz sugeriu que dentro do congresso é possível discutir os rumos do Salão de Cerâmica. Gilberto Narciso destacou que todos os ceramistas do Brasil estão esperando pelos resultados desta reunião. Como fechamento foi acatada a sugestão de constituir uma comissão para redigir um documento a ser apresentado à SEEC. Foram sugeridos e aceitos para a comissão que redigirá a primeira versão do documento: Soraia Savaris, Izamara Carniatto, Marília Diaz, Tania Bloomfield, Elizabeth G. S. Araújo e Marilzete Basso do Nascimento. A linha básica da carta a ser redigida pela comissão deverá ser traçada a partir das seguintes idéias: 1.Histórico do evento; 2. Responsabilidade do estado; 3. Proposta de que o congresso discuta o Salão de Cerâmica. A reunião para a redação da carta foi agendada para o dia 23 de fevereiro de 2012, às 14hs, no Atelier Marília Diaz, à Rua Bororós, 234, Vila

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Secretaria realiza reunião sobre o Salão e o Congresso de Cerâmica

Enviado por Sirlene Giannotti:

Secretaria realiza reunião sobre o Salão e o Congresso de Cerâmica

A realização do Salão e do Congresso Paranaense de Cerâmica, organizados pela Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), será debatida no dia 29 de fevereiro, às 14 horas, em reunião com representantes e ceramistas do Paraná. O encontro ocorre na sede da SEEC, Rua Ébano Pereira, 240, com a participação de coordenadores da Secretaria. O intuito é debater o modelo e formular novas propostas para a realização destes eventos em 2012, afinando o trabalho com as novas diretrizes da política de artes visuais para o Estado, que priorizam a efetiva descentralização da cultura.

Nesta quinta-feira, dia 26 de janeiro, as artistas plásticas Marília Diaz, Tânia Bloomfield, Carina Weidle, Risolete Bendlin e Amélia Corrêa participaram de uma reunião sobre o Salão e o Congresso Paranaense de Cerâmica. Estiveram presentes a coordenadora do Sistema Estadual de Museus, Christine Baptista, o coordenador de Incentivo Cultural da SEEC, Maurício Cruz, a assessora da Coordenação de Ação Cultural da Secretaria, Luci Daros, o diretor do Museu Alfredo Andersen, Ronald Simon, e o presidente da Associação dos Amigos do Museu Alfredo Andersen, Wilson José Andersen Ballão.

No próximo encontro, os participantes irão apresentar sugestões para a remodelagem do evento. Para isso, a SEEC irá reunir as ideias dos participantes e realizar uma proposta de realização do projeto.

Serviço:

Reunião sobre o Salão e o Congresso Paranaense de Cerâmica.

Dia: 29 de fevereiro, às 14 horas.

Local: Secretaria de Estado da Cultura (Rua Ébano Pereira, 240. Curitiba).

Informações: (41) 3321-4819 / 3321-4152.

www.cultura.pr.gov.br

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Bando de Barro em Bagé

Saiu na Zero do dia 26 de dezembro de 2011, na contra-capa.

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2011/12/museu-de-bage-recebe-novo-conjunto-escultorico-decorativo-3607952.html

Cerâmica iluminada26/12/2011 | 06h20

Museu de Bagé recebe novo conjunto escultórico decorativo

26 peças em barro ornamentam escadaria que dá acesso à instituição


Museu de Bagé recebe novo conjunto escultórico decorativo Francisco Bosco/Especial
À noite, peças iluminadas ganham brilho especial Foto: Francisco Bosco / Especial
Marina Lopes


Subir os 60 degraus que separam o pórtico de entrada do Museu Dom Diogo de Souza até sua porta principal será uma experiência diferenciada até o final do verão, em Bagé. Principalmente à noite.

Depois de um intercâmbio com o grupo Bando de Barro, reconhecido nacionalmente, ceramistas de Bagé se juntaram com integrantes do grupo de diferentes lugares do Rio Grande do Sul e adornaram cada ânfora da escadaria do museu com uma obra em cerâmica iluminada individualmente. Ao todo, estão na exposição 26 obras.

Rica em matéria-prima, a região de Bagé extrai por dia no mínimo duas toneladas de argila. As mais encontradas no solo da Campanha são as de cores avermelhadas. Com uma produção contínua de obras em cerâmica, dois grupos de ceramistas da cidade passaram por um intercâmbio de técnicas com artistas do Bando de Barro. Um misto de tons, com argila de Bagé, de outros lugares do Estado e de São Paulo pode ser observado a cada degrau da escadaria: terrosos, ocres e nuanças pastel enchem os olhos e ganham destaque com os feixes de luz que saem de dentro de cada peça quando a noite cai e as luzes são acesas.

Articuladora do Bando de Barro em Bagé, Carmen Barros explica que para a exposição no museu não foi definido tema. Além dos 13 artistas bageenses, foram convidados mais 13 ceramistas. O curador da exposição, Rodrigo Nuñez, escolheu o museu como cenário em busca de uma harmonia entre o prédio português repleto de adornos e a rusticidade do barro.

– O conjunto das obras iluminadas à noite com o prédio é encantador. Subir as escadas até o museu é um momento de contemplar o conjunto de obras misturado à belíssima arquitetura do local. E cada obra tem sua característica própria – explica Carmen Barros.

O que é o Bando de Barro:
> Coletivo de artistas reconhecido nacionalmente pelo seu pioneirismo na produção de uma manifestação ancestral: o fazer cerâmico.
> Idealizado a partir das convicções de ceramistas de todo o Brasil, o grupo se caracteriza por desenvolver mecanismos próprios de funcionamento (é independente, sem ligação institucional ou política), focado no processo de produção e inclusão artística. Realiza projetos de exposições, oficinas, palestras e demais atividades que venham somar e contribuir para a democratização do acesso à arte e à divulgação da cerâmica. Hoje, o grupo é formado por cerca de cem ceramistas.

Serviço:
> Visitação
de segunda a sábado, das 14h às 19h, até o final de fevereiro de 2012 (data ainda não definida).

> Na escadaria do Museu Dom Diego de Souza (Rua Emílio Guilain, 759), em Bagé, fone (53) 3242-8244

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Norma Grinberg


Com curadoria de Bel Lacaz e Sergio Scaff, Norma Grinberg expõe seus trabalhos no Clube. É uma oportunidade especial para os sócios apreciarem as obras da artista plástica, considerada um dos maiores destaques no trabalho em cerâmica no País.

Pesquisadora e docente da Escola de Comunicações e Artes da USP, Norma dedica-se à cerâmica desde a década de 1970 e tem trabalhos expostos em diversos países. Suas esculturas, premiadas no Brasil e no exterior, ressaltam contemporaneidade e têm como fonte de inspiração o concretismo, a Bauhaus e o movimento minimalista.

Entre os materiais usados estão argila, a argamassa armada, metais, acrílico e outros materiais sintéticos, mas é com a cerâmica que a artista cria a maior parte de suas obras. Em 2010, a International Academy of Ceramics (IAC), com sede em Genebra, na Suíça, aprovou Norma Grinberg como seu primeiro membro brasileiro. A associação tem como objetivo apresentar a cerâmica internacional contemporânea em seu mais alto nível.

Abertura: 27/9, terça-feira, 19h
Mostra: 28/9 a 9/10, 11h às 21h
Local: sala de artes plásticas

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tramas urbanas - quatro artistas


Rafael Mazzoca

Rafael Mazzoca

Golfe, 2011

Apresentando um jogo de golfe como proposta de ação artística para a primeira exposição do grupo Tramas Urbanaslaboratório de escultura e poéticas do espaço, no jardim do Museu Joaquim Felizardo, Rafael Mazzoca convida o público para a noção de arte-experiência, para a vivência de um tempo no qual o transitório e passageiro se sobrepõe ao permanente, ao duradouro. Um instante onde o objeto artístico e sua materialidade se rendem ao jogo do artista, às suas regras.

Pelo menos duas questões são essenciais para pensar o trabalho de Rafael Mazzoca: a matéria e a ação do jogo. A constante tensão presente entre a fragilidade do objeto cerâmico e a ação sobre o mesmo objeto configuram o jogo, quando o trabalho realmente se realiza. Neste aspecto, a experiência da arte se coloca além do objeto estético ou da contemplação pura, deslocando seu sentido para a vivência do indivíduo e ou do grupo que exerce ação no jogo. O trabalho do artista convida e instiga o fim da passividade do público, propondo a arte como envolvimento e a matéria como impermanência.

Lidando o tempo todo com a transposição que desloca objetos do campo do esporte, para o campo da arte, a possibilidade da plena realização das funções dos mesmos, não se completa, por se tratarem de uma construção frágil. Seu jogo de golfe com bola de cerâmica é mais um desdobramento no trabalho do artista, que já realizou ações com bumerangue e bola de basquete em outros espaços públicos da cidade.

Bibiana Ferreira Pereira


Apresentação

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O grupo Tramas Urbanas, surgiu da necessidade de seus integrantes de criar encontros para pensar e discutir a respeito de questões artísticas, tendo como foco a escultura. Os encontros começaram a acontecer em outubro de 2010 e vem realizando-se periodicamente desde então. Gradualmente as discussões foram fomentando a elaboração de ações artísticas que consolidam-se como intervenções e exposições no espaço urbano.

Um dos objetivos do grupo através de suas intervenções, é dialogar com o público, tanto com os passantes, como com os moradores do entorno dos espaços onde se realizam as ocupações artísticas.

Ainda hoje, mesmo depois dos textos de Rosalind Kraus sobre o campo ampliado da escultura, muitas pessoas limitam-se a compreendê-la como a produção de obras dentro de um atelier, que simplesmente são transportadas para os locais expositivos. O grupo trabalha com a materialidade da escultura, porém não limita-se a tratá-la como mero objeto escultórico, suas atenções estão voltadas também para o entorno dos locais onde se propõem a ocupar e a cidade em que estão inseridos.


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Integrantes:

Antônio Augusto Bueno

Ingrid Noal

Pedro Girardello

Rafael Mazzoca

www.tramasurbanas.net

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Exposição no MAC, Casa de Cultura Mário Quintana

Rogério Pessôa














Simone Nassif













Ana Flores














Exposição com cerâmicas de Ana Flores, Rogério Pessôa e Simone Nassif com curadoria de Ana Zavadil
MAC - Casa de Cultura Mário Quintana
Sábado - 24 de setembro, 11 horas.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Os vídeos

Alguns vídeos redescobertos, outros descobertos.

"Pasodoble" en el Casón del Retiro

Argentina 800º Vilma Villaverde

187 201 internet kovacs margit muzeum

太古の響き(総合)

Ann Van Hoey

Arts in Nebraska - Jun Kaneko (updated)

Ai Weiwei: Sunflower seeds

Palavras em Rede

Matéria: Bando do Barro - TV Mais Novo Hamburgo

Bando de Barro

Bando de Barro no Arquivo_Performance de Lara Sosa.wmv

Essa POA é Boa - Colunas - Bando de Barro

Bando de Barro - Uma Experiência Coletiva de Produção Cerâmica

16ª Semana de Arte e Cultura da USP - 2011

16ª Semana de Arte e Cultura da USP - 2011

Mostra de vídeos sobre cerâmica artística

Release da atividade:

Serão projetados vídeos sobre Cerâmica Artística, envolvendo seus processos criativos, técnicas e história.

Responsáveis: Profª Drª Norma Tenenholz Grinberg e Silvia Tagusagawa

Data: 20 de setembro de 2011 ( terça-feira)

Horário: 14h às 17h

Local:

Escola de Comunicações e Artes da USP

Prédio Central – Auditório Lupe Cotrim

Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443
Cidade Universitária - São Paulo/SP - 05508-020

Entrada Franca

Informações: (11) 3091-4430 com Raul ou Silvia

Email de contato: rcecilio@usp.br

PROGRAMAÇÃO

1. Jun Kaneko (3:21 minutos)

Jun Kaneko (nasceu em Nagoya-Japão, reside em Nebraska, EUA)

Artista ceramista, iniciou sua carreira na pintura, mas, desde que se mudou para os Estados Unidos, dedica sua vida à Cerâmica. É mundialmente conhecido por suas esculturas monumentais esmaltadas com cores fortes e estampas vibrantes.

A NET television fez um pequeno documentário com o making of da série de esculturas Dango, termo genérico em japonês para bolinho.

2. Ann Van Hoey (5:43 minutos)

Ann Van Hoey (Mechelen, Bélgica – 1956)

Artista premiada em várias bienais na Europa, é conhecida pelas formas precisas e delicadas que produz por meio de sua cerâmica, inspiradas no Origami (a arte da dobradura japonesa).

3. Kovács Margit (24:00 minutos)

Documentário sobre a ceramista húngara Kovács Margit, figura proeminente da cerâmica folclórica popular.

4. Xiau Taze Pottery Village (23:33 minutos)

Documentário feito pelo ceramista Jackon Li sobre o vilarejo de ceramistas de Xiau Taze, China.

5. La Ceramique en Rhone Alpes (30:10 minutos)

Rhone Alpes é uma cidade que fica a 133 km de Lyon, França e que acolhe uma associação de ceramistas que trabalham de formas diversas. Este documentário mostra os processos de alguns deles e de como a associação atua na vida destes ceramistas.

6. O Cosmo das mãos – Raku japonês (60:20 minutos)

Documentário exibido pela TV Cultura, é um importante registro sobre a história do Raku, técnica de queima milenar que surgiu no Japão visando principalmente à produção de peças utilizadas na cerimônia do chá.

7. Amphoralis (26:47 minutos)

Documentário que traz a reconstrução, por uma equipe multidisciplinar, de um sítio arqueológico do tempo da ocupação romana na França .

8. Sunflower seeds, de Ai Wei Wei (14:42 minutos)

Ai Weiwei (Pequim - 1957): artista chinês, designer arquitetônico e ativista social.

Foi assessor artístico na construção do Ninho de Pássaro (Estádio Nacional de Pequim), onde foram celebrados os Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, que foi uma empreitada conjunta entre os arquitetos Jacques Herzog, Pierre de Meuron e Stefan Marbach.

É conhecido principalmente pelas críticas à política de seu país através de seus trabalhos artísticos e manifestos.

No presente vídeo, Ai Wei Wei apresenta o making of da instalação Sunflower seeds, realizada no Tate Modern de Londres em Outubro de 2010.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Venda de forno elétrico

Vendo forno elétrico para cerâmica Stecno STR7060

Temp. Máxima: 1285°C

Dimensões internas: 61cm diâmetro/ 56cm profundidade

Usei pouquíssimas vezes! Para mais informações, entre em contato comigo pelo email georgia.halal@gmail.com

Obrigada!

Georgia El Halal

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Objetos de desejo - Rodi Núñez










































Objetos de desejo

Gustavo Nakle, Marlies Ritter, Tania RResmini e Megumi Yuasa. Tudo surgiu do mais profundo e absoluto desejo de posse, de uma admiração não somente por questões formais que os trabalhos destes quatro artistas me sugeriam, mas, principalmente, pela oportunidade única de poder ter partilhado durante diferentes momentos de minha vida, a poética do processo de construção do trabalho de cada um deles. A partir daí, pude notar que os objetos criados por eles é pura e simplesmente resultado destas múltiplas vivências.

Mas tudo acabava convergindo para aquelas formas, fossem elas figuras de um universo onírico, lírico e ou delirante repletas de sarcasmos, humores e ironias como nos trabalhos de Gustavo Nakle, ou mesmo na delicadeza e sutileza das histórias de família contadas pelos trabalhos de Marlies Ritter, passando pelas finas placas de Tania Resmini e suas formas orgânicas, seus bulbos repletos de vida e energia e convergindo para o grande mestre Megumi Yuasa com suas sementes, metade pedra metade cerâmica, que carregam a gênesis da criação, a mais profunda e absoluta limpeza de forma, uma síntese feita por uma das pessoas mais generosas que conheço.

Tenho a sorte de ter acesso a estes artistas desde muito cedo e algumas obras, como as de Gustavo Nakle, desde criança. A imagem dos trabalhos destes artistas sempre povoou o meu universo de criação. Quando menos esperava, lá vinham aquelas visões: surgiam não somente as formas, mas também suas maneiras de trabalhar, as conversas e os questionamentos.

A vontade de tê-los um pouco para mim é imensa, ou melhor, de fazer aparecer pelo menos um pouco o que deles está em mim, dentro de meu processo de criação. É neste momento que entra o conceito de objetos de desejo. A construção de quatro linhas de trabalho que busquem traçar um paralelo com objetos executados por eles trazendo à tona minhas mais próximas e afetivas memórias de artista.

Abordo, com esta exposição, o que está dentro de meu processo de criação, imagens persecutórias que não me abandonam revelando-se sempre constantes a cada trabalho executado. Por mais distante formalmente que pareça.

Rodi Núñez