"O Bando de Barro é amorfo (os integrantes são inconstantes), volátil e instável (os errantes vão e voltam) e, as vezes, ocioso (quando não temos vontade de fazer nada). O Bando não tem sede real ou virtual mas sobrevive na nossa imaginação e acontece quando dá aquela vontade de trabalhar. Inicialmente formado por ceramistas, está sempre aberto a propostas marginais ou institucionais, desde que sejam ligeiramente decentes." Escrito por Ana Flores
quarta-feira, 2 de maio de 2012
domingo, 4 de março de 2012
ATA DE REUNIÃO SOBRE O CONGRESSO E SALÃO DE CERÂMICA DA SEEC – MAA
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Secretaria realiza reunião sobre o Salão e o Congresso de Cerâmica
Secretaria realiza reunião sobre o Salão e o Congresso de Cerâmica
A realização do Salão e do Congresso Paranaense de Cerâmica, organizados pela Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), será debatida no dia 29 de fevereiro, às 14 horas, em reunião com representantes e ceramistas do Paraná. O encontro ocorre na sede da SEEC, Rua Ébano Pereira, 240, com a participação de coordenadores da Secretaria. O intuito é debater o modelo e formular novas propostas para a realização destes eventos em 2012, afinando o trabalho com as novas diretrizes da política de artes visuais para o Estado, que priorizam a efetiva descentralização da cultura.
Nesta quinta-feira, dia 26 de janeiro, as artistas plásticas Marília Diaz, Tânia Bloomfield, Carina Weidle, Risolete Bendlin e Amélia Corrêa participaram de uma reunião sobre o Salão e o Congresso Paranaense de Cerâmica. Estiveram presentes a coordenadora do Sistema Estadual de Museus, Christine Baptista, o coordenador de Incentivo Cultural da SEEC, Maurício Cruz, a assessora da Coordenação de Ação Cultural da Secretaria, Luci Daros, o diretor do Museu Alfredo Andersen, Ronald Simon, e o presidente da Associação dos Amigos do Museu Alfredo Andersen, Wilson José Andersen Ballão.
No próximo encontro, os participantes irão apresentar sugestões para a remodelagem do evento. Para isso, a SEEC irá reunir as ideias dos participantes e realizar uma proposta de realização do projeto.
Serviço:
Reunião sobre o Salão e o Congresso Paranaense de Cerâmica.
Dia: 29 de fevereiro, às 14 horas.
Local: Secretaria de Estado da Cultura (Rua Ébano Pereira, 240. Curitiba).
Informações: (41) 3321-4819 / 3321-4152.
www.cultura.pr.gov.br
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Bando de Barro em Bagé
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2011/12/museu-de-bage-recebe-novo-conjunto-escultorico-decorativo-3607952.html
Cerâmica iluminada26/12/2011 | 06h20
Museu de Bagé recebe novo conjunto escultórico decorativo
26 peças em barro ornamentam escadaria que dá acesso à instituição

Subir os 60 degraus que separam o pórtico de entrada do Museu Dom Diogo de Souza até sua porta principal será uma experiência diferenciada até o final do verão, em Bagé. Principalmente à noite.
Depois de um intercâmbio com o grupo Bando de Barro, reconhecido nacionalmente, ceramistas de Bagé se juntaram com integrantes do grupo de diferentes lugares do Rio Grande do Sul e adornaram cada ânfora da escadaria do museu com uma obra em cerâmica iluminada individualmente. Ao todo, estão na exposição 26 obras.
Rica em matéria-prima, a região de Bagé extrai por dia no mínimo duas toneladas de argila. As mais encontradas no solo da Campanha são as de cores avermelhadas. Com uma produção contínua de obras em cerâmica, dois grupos de ceramistas da cidade passaram por um intercâmbio de técnicas com artistas do Bando de Barro. Um misto de tons, com argila de Bagé, de outros lugares do Estado e de São Paulo pode ser observado a cada degrau da escadaria: terrosos, ocres e nuanças pastel enchem os olhos e ganham destaque com os feixes de luz que saem de dentro de cada peça quando a noite cai e as luzes são acesas.
Articuladora do Bando de Barro em Bagé, Carmen Barros explica que para a exposição no museu não foi definido tema. Além dos 13 artistas bageenses, foram convidados mais 13 ceramistas. O curador da exposição, Rodrigo Nuñez, escolheu o museu como cenário em busca de uma harmonia entre o prédio português repleto de adornos e a rusticidade do barro.
– O conjunto das obras iluminadas à noite com o prédio é encantador. Subir as escadas até o museu é um momento de contemplar o conjunto de obras misturado à belíssima arquitetura do local. E cada obra tem sua característica própria – explica Carmen Barros.
O que é o Bando de Barro:
> Coletivo de artistas reconhecido nacionalmente pelo seu pioneirismo na produção de uma manifestação ancestral: o fazer cerâmico.
> Idealizado a partir das convicções de ceramistas de todo o Brasil, o grupo se caracteriza por desenvolver mecanismos próprios de funcionamento (é independente, sem ligação institucional ou política), focado no processo de produção e inclusão artística. Realiza projetos de exposições, oficinas, palestras e demais atividades que venham somar e contribuir para a democratização do acesso à arte e à divulgação da cerâmica. Hoje, o grupo é formado por cerca de cem ceramistas.
> Visitação de segunda a sábado, das 14h às 19h, até o final de fevereiro de 2012 (data ainda não definida).
> Na escadaria do Museu Dom Diego de Souza (Rua Emílio Guilain, 759), em Bagé, fone (53) 3242-8244
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Norma Grinberg

Com curadoria de Bel Lacaz e Sergio Scaff, Norma Grinberg expõe seus trabalhos no Clube. É uma oportunidade especial para os sócios apreciarem as obras da artista plástica, considerada um dos maiores destaques no trabalho em cerâmica no País.
Pesquisadora e docente da Escola de Comunicações e Artes da USP, Norma dedica-se à cerâmica desde a década de 1970 e tem trabalhos expostos em diversos países. Suas esculturas, premiadas no Brasil e no exterior, ressaltam contemporaneidade e têm como fonte de inspiração o concretismo, a Bauhaus e o movimento minimalista.
Entre os materiais usados estão argila, a argamassa armada, metais, acrílico e outros materiais sintéticos, mas é com a cerâmica que a artista cria a maior parte de suas obras. Em 2010, a International Academy of Ceramics (IAC), com sede em Genebra, na Suíça, aprovou Norma Grinberg como seu primeiro membro brasileiro. A associação tem como objetivo apresentar a cerâmica internacional contemporânea em seu mais alto nível.
Abertura: 27/9, terça-feira, 19h
Mostra: 28/9 a 9/10, 11h às 21h
Local: sala de artes plásticas
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Tramas urbanas - quatro artistas

Rafael Mazzoca
Rafael Mazzoca
Golfe, 2011
Apresentando um jogo de golfe como proposta de ação artística para a primeira exposição do grupo Tramas Urbanas – laboratório de escultura e poéticas do espaço, no jardim do Museu Joaquim Felizardo, Rafael Mazzoca convida o público para a noção de arte-experiência, para a vivência de um tempo no qual o transitório e passageiro se sobrepõe ao permanente, ao duradouro. Um instante onde o objeto artístico e sua materialidade se rendem ao jogo do artista, às suas regras.
Pelo menos duas questões são essenciais para pensar o trabalho de Rafael Mazzoca: a matéria e a ação do jogo. A constante tensão presente entre a fragilidade do objeto cerâmico e a ação sobre o mesmo objeto configuram o jogo, quando o trabalho realmente se realiza. Neste aspecto, a experiência da arte se coloca além do objeto estético ou da contemplação pura, deslocando seu sentido para a vivência do indivíduo e ou do grupo que exerce ação no jogo. O trabalho do artista convida e instiga o fim da passividade do público, propondo a arte como envolvimento e a matéria como impermanência.
Lidando o tempo todo com a transposição que desloca objetos do campo do esporte, para o campo da arte, a possibilidade da plena realização das funções dos mesmos, não se completa, por se tratarem de uma construção frágil. Seu jogo de golfe com bola de cerâmica é mais um desdobramento no trabalho do artista, que já realizou ações com bumerangue e bola de basquete em outros espaços públicos da cidade.
Bibiana Ferreira Pereira
Apresentação
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O grupo Tramas Urbanas, surgiu da necessidade de seus integrantes de criar encontros para pensar e discutir a respeito de questões artísticas, tendo como foco a escultura. Os encontros começaram a acontecer em outubro de 2010 e vem realizando-se periodicamente desde então. Gradualmente as discussões foram fomentando a elaboração de ações artísticas que consolidam-se como intervenções e exposições no espaço urbano.
Um dos objetivos do grupo através de suas intervenções, é dialogar com o público, tanto com os passantes, como com os moradores do entorno dos espaços onde se realizam as ocupações artísticas.
Ainda hoje, mesmo depois dos textos de Rosalind Kraus sobre o campo ampliado da escultura, muitas pessoas limitam-se a compreendê-la como a produção de obras dentro de um atelier, que simplesmente são transportadas para os locais expositivos. O grupo trabalha com a materialidade da escultura, porém não limita-se a tratá-la como mero objeto escultórico, suas atenções estão voltadas também para o entorno dos locais onde se propõem a ocupar e a cidade em que estão inseridos.
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Integrantes:
Antônio Augusto Bueno
Ingrid Noal
Pedro Girardello
Rafael Mazzoca
www.tramasurbanas.netquarta-feira, 21 de setembro de 2011
Exposição no MAC, Casa de Cultura Mário Quintana
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
16ª Semana de Arte e Cultura da USP - 2011
16ª Semana de Arte e Cultura da USP - 2011
Mostra de vídeos sobre cerâmica artística
Release da atividade:
Serão projetados vídeos sobre Cerâmica Artística, envolvendo seus processos criativos, técnicas e história.
Responsáveis: Profª Drª Norma Tenenholz Grinberg e Silvia Tagusagawa
Data: 20 de setembro de 2011 ( terça-feira)
Horário: 14h às 17h
Local:
Escola de Comunicações e Artes da USP
Prédio Central – Auditório Lupe Cotrim
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443
Cidade Universitária - São Paulo/SP - 05508-020
Entrada Franca
Informações: (11) 3091-4430 com Raul ou Silvia
Email de contato: rcecilio@usp.br
PROGRAMAÇÃO
1. Jun Kaneko (3:21 minutos)
Jun Kaneko (nasceu em Nagoya-Japão, reside em Nebraska, EUA)
Artista ceramista, iniciou sua carreira na pintura, mas, desde que se mudou para os Estados Unidos, dedica sua vida à Cerâmica. É mundialmente conhecido por suas esculturas monumentais esmaltadas com cores fortes e estampas vibrantes.
A NET television fez um pequeno documentário com o making of da série de esculturas Dango, termo genérico em japonês para bolinho.
2. Ann Van Hoey (5:43 minutos)
Ann Van Hoey (Mechelen, Bélgica – 1956)
Artista premiada em várias bienais na Europa, é conhecida pelas formas precisas e delicadas que produz por meio de sua cerâmica, inspiradas no Origami (a arte da dobradura japonesa).
3. Kovács Margit (24:00 minutos)
Documentário sobre a ceramista húngara Kovács Margit, figura proeminente da cerâmica folclórica popular.
4. Xiau Taze Pottery Village (23:33 minutos)
Documentário feito pelo ceramista Jackon Li sobre o vilarejo de ceramistas de Xiau Taze, China.
5. La Ceramique en Rhone Alpes (30:10 minutos)
Rhone Alpes é uma cidade que fica a 133 km de Lyon, França e que acolhe uma associação de ceramistas que trabalham de formas diversas. Este documentário mostra os processos de alguns deles e de como a associação atua na vida destes ceramistas.
6. O Cosmo das mãos – Raku japonês (60:20 minutos)
Documentário exibido pela TV Cultura, é um importante registro sobre a história do Raku, técnica de queima milenar que surgiu no Japão visando principalmente à produção de peças utilizadas na cerimônia do chá.
7. Amphoralis (26:47 minutos)
Documentário que traz a reconstrução, por uma equipe multidisciplinar, de um sítio arqueológico do tempo da ocupação romana na França .
8. Sunflower seeds, de Ai Wei Wei (14:42 minutos)
Ai Weiwei (Pequim - 1957): artista chinês, designer arquitetônico e ativista social.
Foi assessor artístico na construção do Ninho de Pássaro (Estádio Nacional de Pequim), onde foram celebrados os Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, que foi uma empreitada conjunta entre os arquitetos Jacques Herzog, Pierre de Meuron e Stefan Marbach.
É conhecido principalmente pelas críticas à política de seu país através de seus trabalhos artísticos e manifestos.
No presente vídeo, Ai Wei Wei apresenta o making of da instalação Sunflower seeds, realizada no Tate Modern de Londres em Outubro de 2010.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Venda de forno elétrico
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Objetos de desejo - Rodi Núñez

Objetos de desejo
Gustavo Nakle, Marlies Ritter, Tania RResmini e Megumi Yuasa. Tudo surgiu do mais profundo e absoluto desejo de posse, de uma admiração não somente por questões formais que os trabalhos destes quatro artistas me sugeriam, mas, principalmente, pela oportunidade única de poder ter partilhado durante diferentes momentos de minha vida, a poética do processo de construção do trabalho de cada um deles. A partir daí, pude notar que os objetos criados por eles é pura e simplesmente resultado destas múltiplas vivências.
Mas tudo acabava convergindo para aquelas formas, fossem elas figuras de um universo onírico, lírico e ou delirante repletas de sarcasmos, humores e ironias como nos trabalhos de Gustavo Nakle, ou mesmo na delicadeza e sutileza das histórias de família contadas pelos trabalhos de Marlies Ritter, passando pelas finas placas de Tania Resmini e suas formas orgânicas, seus bulbos repletos de vida e energia e convergindo para o grande mestre Megumi Yuasa com suas sementes, metade pedra metade cerâmica, que carregam a gênesis da criação, a mais profunda e absoluta limpeza de forma, uma síntese feita por uma das pessoas mais generosas que conheço.
Tenho a sorte de ter acesso a estes artistas desde muito cedo e algumas obras, como as de Gustavo Nakle, desde criança. A imagem dos trabalhos destes artistas sempre povoou o meu universo de criação. Quando menos esperava, lá vinham aquelas visões: surgiam não somente as formas, mas também suas maneiras de trabalhar, as conversas e os questionamentos.
A vontade de tê-los um pouco para mim é imensa, ou melhor, de fazer aparecer pelo menos um pouco o que deles está em mim, dentro de meu processo de criação. É neste momento que entra o conceito de objetos de desejo. A construção de quatro linhas de trabalho que busquem traçar um paralelo com objetos executados por eles trazendo à tona minhas mais próximas e afetivas memórias de artista.
Abordo, com esta exposição, o que está dentro de meu processo de criação, imagens persecutórias que não me abandonam revelando-se sempre constantes a cada trabalho executado. Por mais distante formalmente que pareça.
Rodi Núñez